Marina Cecchin Malicheski, administradora de 33 anos, é a única mulher presidente de clube da Série Ouro do Campeonato Paranaense de Futsal. Ela dirige a Aaema, de Mariópolis. Mãe, empresária da área de transporte e turismo, mentora da área de profissionais de estética, ela tem uma relação com a equipe que iniciou ainda nas arquibancadas.
“Sou natural de Mariópolis e cresci vivendo o esporte. Sempre fui torcedora e apoiadora do projeto”, diz. Ela afirma que a visibilidade que a Aaema atraiu para Mariópolis e o envolvimento de crianças com o time despertaram o interesse por ingressar nos bastidores da equipe.
Desafio diário
Presidente desde junho de 2023, Marina entrou para a diretoria há quatro anos como tesoureira da gestão de Ivandro Garcia, atual vice. Quando criança, ela treinava futsal na escolinha dele. “Ser presidente da Aaema é um desafio diário, mas somos uma diretoria de voluntários, que se dedicam para manter o projeto. São altos e baixos, mas tenho certeza que quando entregar o cargo sairei com um aprendizado enorme e gratidão por tudo que vivi. Sei o quanto o esporte impacta na vida das pessoas e, principalmente, vejo a Aaema como uma vitrine para os atletas. Muitos que passaram por aqui agora estão em times de Liga, se destacando muito. Isso nos enche de orgulho”, diz.
Atualmente, outras mulheres compõem a linha de frente do clube: Solange Luzza, Gislaine Machado, Alexandra Salvador e Brenda Caroline. As tarefas são divididas entre o grupo de dirigentes, para que possam conciliar com as atividades profissionais fora do clube. “As pessoas que fazem parte do projeto se doam muito para que tudo continue vivo.”
É durante a gestão de Marina que a Aaema vive a sua melhor fase desde que foi criada, em 2014. O clube de Mariópolis subiu para a Série Ouro e, pela primeira vez, conseguiu se manter para uma segunda temporada. Em 2025, foram três jogos, com um empate (2×2 Operário), uma derrota (5×4 Campo Mourão) e triunfo sobre o CAD, em plena Guarapuava (5×1).
Além de tudo, 2025 marca a estreia definitiva jogando a elite “em casa”. Apesar de ter integrado a Série Ouro em 2022 e 24, por conta da falta de uma quadra com medidas oficiais — 40m por 40m — , a equipe mandou compromissos em Clevelândia. O Ginásio Alberto Leonel Piva foi palco do tropeço diante do Campo Mourão por 5×4 e tem capacidade para 600 torcedores. Ainda segundo a presidente Marina, este ginásio é provisório, enquanto o Élio Gehlen passa por reformas, com previsão de conclusão para o segundo semestre deste ano.
